Oscar não come a 10 dias

Pessoal, venho a procura de uma solução para um problema que estou tendo a 10 dias, meu oscar red ruby parou de comer, não aceita ração, filé de peixe ou peixe vivo, já tentei carne de coração e frando que ele tanto gostava, mas de um tempo para cá, meus pacus se desenvolveram de uma forma espantosa e acuaram o pobre coitado.
Eu separei ele no aquario de engorda de 200 litros e o deixei com 10 mato grossos bem pequenos, porém ele nem liga para os peixinhos, quanto mais para rações. Ele nada normalmente e aparenta estar normal, apenas está um pouco magro, não por menos, 10 dias sem comer...
Fico no agurdo de alguma dica do que posso fazer além do que já fiz, ele está comigo a muito tempo e tenho muito afeto a esse peixe, os parâmetros da água estão zerados e a temperatura é de 26-28°C.
Desde já muito obrigado a todos.
Segue algumas imagens, caso seja necessário:

Sim, está zerado nesse aquario de 200 litros, somente o de 600 que a amônia estava 0.011ppm, pelo fato de eu ter lavado as midias biológicar (já era tempo) e introduzino mais mídias no lugar do carvão ativado, mais está baixando.

Lucas Duarte escreveu:já tentei carne de coração e frando que ele tanto gostava

Está aí um grande erro, peixes são animais de sangue frio e eles não podem usar gordura a partir de animais de sangue quente, uma vez que esta é instantaneamente armazenada no fígado.

Pesquisas demonstram que, peixes alimentados com produtos à base de animais de sangue quente apresentam uma enorme degeneração do fígado em comparação aqueles alimentados com produtos à base de outros peixes.

Sendo extremamente importante não fornece-los alimentos que contenham gorduras animais, como coração de boi ou restos frango. Uma vez que isso mais cedo ou mais tarde, perturbará seu sistema digestivo.

Vejo muitos jumbistas praticando este tipo de alimentação, visando puro e simplesmente o crescimento acelerado dos peixes, contudo, tal pratica pode resultar em doenças oportunistas como a spironucleose e outras.

Como estão as fezes dele?

Eu dava quando estava na engorda, nunca mais dei, acredito que não seja esse o problema.
Quanto as fezes, não reparei, pois ele acabou de chegar no aqua de 200 litros, no de 600 não dava para notar pelo fato dele estar junto com o Tigre, não sabendo diferenciar qual fezes é de quem.
ACREDITO que pelo fato de não estar comendo, não deverá defecar, está correto?

Espécies da família Cichlidae são propensas aos protozoários Spironucleus. Esta doença provoca diferentes níveis de complicação na alimentação.

Inicialmente o peixe ainda abocanha a comida, tenta mastigá-la e acaba por cuspi-la, fazendo isso algumas vezes repetidamente, sem chegar a conseguir, de fato comê-la; posteriormente o peixe ainda tenta abocanhar a comida, se dirige a ela normalmente, como se fosse comê-la, mas em um último instante “muda de idéia” e a evita; finalmente não mais se alimenta, chegando a recusar ou ignorar completamente a comida (mesmo alimentos vivos “irresistíveis”).

Inicialmente, o peixe evacua fezes longas e finas como “fios de cabelo”, sempre com cor esbranquiçada ou quase transparente, e que ficam aderidas a seu ânus por bastante tempo, mesmo quando o peixe nada; posteriormente, o peixe para completamente de evacuar.

Ele nunca teve esse tipo de fezes, sempre foram fezes grossas, curtas e escuras.
Quando notei que ele parou de comer, ele nem procurava mais a comida, vivia acuado em um canto do aquario e as vezes meus pacus (que irão embora amanhã) davam um chga pra lá nele.
Ele apanhava principalmente na hora da alimantação, por isso parou de comer, parece que quando vou alimenta-lo ele pensa que vai apanhar, até foge da ração, não sei se tem algo a ver, só estou tentando dar o máximo de informação.

Coração, frango, fígado, eu dava pra ele na fase da engorda, quando não tinha conhecimento de que era errado, mas eu parei com esse tipo de alimentação com ele há uns 2 anos, será que há relação, acho que faz muito tempo para ter.

Tem haver sim, o estresse está diretamente ligado a esta doença. Sendo desencadeadores deste, situações como:

- Superpopulação do aquário;

- Alimentação incorreta: pobre nutricionalmente, e/ou de má palatabilidade, e/ou de tamanho inadequado etc;

- Ambientação incorreta: luz exagerada ou insuficiente; excesso de movimentação dentro do aquário (decorações que se movem ou excessivamente coloridas, bolhas de ar, vibrações exageradas etc.) ou fora do aquário (“trânsito” de pessoas, “acender-apagar” de luzes – do aquário, ou ambiente, ou TV etc — a qualquer hora etc.); decoração incorreta, seja em excesso (os peixes não conseguem nadar livremente) ou em falta (os peixes não se sentem seguros, pois lhes faltam abrigos) etc;

- Companhias “inadequadas”: peixes que constantemente atacam, ameaçam, perseguem ou perturbam outros, seja na hora da alimentação, seja durante o dia todo, seja durante a noite etc;

Quanto a alimentação, fora a carne de animais de sangue quente, a dieta esta pobre em certos aspectos. Apesar de muitos pensarem tratar-se dum peixe carnívoro, na verdade esta é uma espécie de hábitos alimentares onívoros. Os estudos efetuados sobre o conteúdo do trato digestório de espécimes selvagens, relatam como dieta base: Moluscos, camarões, lagostins, caranguejos, insetos, larvas, pequenos peixes sedentários e restos vegetais. A espécie é tendenciosamente mais MOLUSCIVORAS que PISCÍVORA...

No aquário, deve ser fornecida rações industrializadas como as que vem ofertando. Sendo importante frisar que, por se tratar dum peixe teleósteo, é incapaz de sintetizar vitamina C, e assim, torna-se necessário a oferta dessa, para não desenvolver problemas de saúde.

Deve também, ser oferecida uma boa ração rica em matéria vegetal (spirulina por exemplo), e periódicamente, alimentos vivos.

Dê uma lida neste artigo sobre a doença:

http://www.ecossistemaaquarios.com.br/blog/?p=91

Nélio, muito obrigado, acredito que o problema esteja na companhia, pois os pacus que tenho cresceram muito e ficaram muito agrassivo, atacando principalmente na hora da alimentação.
O que eu fiz?
Coloquei o peixe em um aquario de 200 litros com 200 Mato Grosso, estou ofertando as rações que costumava gostar muito (última imagem).
De acordo com esse site, se realmente for essa doença, o tratamento deve ser feito com FLAGELLOL, ou já existe alguma forma mais simples ou eficaz?

Bem, para ter certeza quanto ao parasito, se faz necessária a realização do parasitológico, junto a um médico veterinário, acaso não seja viável, efetue a chamada "vermifugação".

Utilizado os fármacos: Flagyl e Mebendazol, numa dosagem de 400 mg de Flagyl + 100 mg Mebendazol p/ cada 50 litros de água. Dissolvendo os medicamentos antes de leva-los ao aquário.

- Mantenha o peixe nesse tratamento por três dias e em seguida faça uma troca parcial de 40%;

- 24 horas após essa troca parcial, faça outra e depois aplique novamente os medicamentos conforme a dosagem inicial;

- Repita as trocas de água nos mesmos prazos.

- Durante o tratamento, mantenha a água bastante oxigenada e eleve a temperatura até os 33º - 34º C.

- O tratamento dura em média 10 dias.

O Flagyl mata os protozoários e o Mebendazol elimina os possíveis vermes.

P.S.: O Sera Flagellol e o Sera Nematol, substituem os fármacos indicados eficazmente, sem a necessidade duma temperatura tão elevada, contudo, custam os olhos da cara...

Obrigado meu amigo, estarei efetuando esse tratamento amanhã mesmo.

Por nada. Ambos os medicamentos não afetam a biologia e podem ser ministrados no próprio aquário. Contudo, não se esqueça de retirar do filtro, o carvão ativo ou qualquer outra mídia química que utilize.

Não estou mais usando carvão ativado, mais obrigado por lembrar.

Posso colocar um outro oscar junto com ele para o tratamento?
Acredito que com um companheiro ele fique mais estimulado.

Se o outro não está apresentando sintomas, acho inadequado submete-lo ao tratamento.

Dei inicio ao tratamento nesse Domingo e foi seguido criteriosamente as dicas, vou postando as novidades comforme forem acontecendo. O outro oscar estava junto com ele quando pegou essa bactéria, ele não apresenta sintomas, mas está junto. Observei que com a chegada do parceiro de longa data seu estado emocional melhorou muito, está nadando melhor e procura a comida quando o companheiro come, acredito que não terá problema em deixar os dois juntos, acho que será muito bom para o Red Ruby o seu companheiro de longa data. Caso ele mude em algum aspecto, retirarei imediatamente.

Desde já agradeço muito.

Fala Nélio,

Primeiramente uma notícia muito boa.

Ontem, ao limpar o perlom do aquario plantado notei que tinha um Mato Grosso preso a manta, como estava meio debilitado resolvi jogar para o oscar tigre que está no aquario junto com o ruby (que não come), porém para meu espanto fou o ruby que atacou o moribundo:cheers:.

Vendo o fato ocorrido, instantaneamente me coloquei a capturar mais Mato grossos e jogar para a fartura dos dois oscars.

Ele comeu uns 5 peixinhos e parou, foi a maior alegria em casa, gostaria de lhe agradecer pala força que tem me dado, pois esse peixe significa muito para mim e pelo que vi ontem, para minha familia também, pois foi alegria geral.

Fico eternamente grato e a disposição para lhe retrebuir a ajuda. Muito obrigado e continuarei a postar as melhoras.

PORÉM.....sempre tem um porém....

Ao término das manutenções dei início as medições e pela primeira vez (somente na ciclagem) a amônia apareceu.

De acordo com a tabela deu:

Amônia: 0.005

ph: 6.8



Na tabela do teste consta que esse nível é bem pouco e aceitável pelos peixes, mas para um aquario que está sendo usado com o hospital é aceitável?

Será o caso de fazer TPA diáriamente (repondo a medicação perdida) até abaixar o nível da amônia?

Que boa noticia amigo! Já passei por isso com um FH que mantive e vê-lo comer novamente, pós tratamento, foi duma alegria inenarrável...

Lembre-se de fazer uma TPA volumosa e usar o carvão ativo no filtro, por mais ou menos sete dias, para eliminar o restante do medicamento.

Quanto a amônia, use bastante condicionador na TPA e adicione um "booster" como o BioDigest. Pois, mesmo não afetando significativamente a biologia, sempre há um deficit na colonia, decorrente das condições do tratamento ...

Sim, mas ele comeu apenas peixes vivos, não seria pridente continuar o tratamento até ele voltara comer ração.

E notei essa semana uns pequenos buracos na cabeça (consequência da doença), o tratamento deve continuar até os buracos sumirem ou não?

O tratamento dura em média 10 dias. Há quantos dias começou!?

Domingo, 14 de outubro.

Então deverá continuar até 24, certo?

Até lá, ele irá voltar a comer ração?

Sumirá os minusculos buracos na lateral da cabeça?

Como o espécime apresenta buracos na cabeça. Prolongue de dez para quinze dias e procure utilizar anti-sépticos de uso tópico, como iodo ou permanganato de potássio, pincelando-os cuidadosamente sobre os orifícios.