Informação sobre cimento

Bom dia a todos,

Estou montando um aquário de 200 x 45 x 50, com um sistema de filtragem de sump nas "costas" do aquário, com as seguintes filtragens: lã, bioball, cerâmica, carvão.

Estou procurando informações sobre a construção de um fundo 3d para isolar a visão do filtro. 


Agora tenho preferencia por material de rocha verdadeira e não a imitação com isopor, me indicaram cimento composto branco, que tem menos química, alguém sabe se é esse material que posso utilizar e onde consigo ??

Envio artigo sobre o assunto.

Tudo de bom.

Rochas Vivas Artificiais
Rochas Vivas Artificiais (RVA) não são nenhuma novidade, datam da
década de 70 os registros dos primeiros aquaristas que às utilizaram. No
entanto, elas tem se tornando populares há alguns poucos anos. Em meados
de 2004 iniciou-se uma onda de interesse na construção de RVAs. Isto é
atribuído à três fatores: 1- a proibição da coleta de Rochas Vivas Naturais
(RVN) em diversas partes do mundo; 2 – a procura por aquários cada vez mais
baratos; 3– último e mais importante, a conscientização ecológica.
A coleta de RVNs é feita de forma descont rolada, por gente
despreparada e sem uma fiscalização adequada. As grandes coletas,
realizadas por grandes fornecedores, são feitas através de explosões.
Todo aquaristas que se preze deve ser também um ecologista, pois seu hobby
depende da preservação da natureza.
As RVAs possuem algumas vantagens. Os 3 fatores já citados acima, e
também a possibilidade de customização de acordo com a preferência do
aquarista. Esta técnica também tem sido muito usadas para fazer suporte para
mudas de corais.
No entanto há também desvantagens. Como veremos neste texto elas
dão bastante trabalho para serem confeccionadas, demoram para para
tornarem-se aptas ao uso e podem não ficar como o esperado. Tais
desvantagens as tornam pouco atrativas aos aquarista convencionais, aqueles
que como a maioria, preferem comprar um aquário como um pacote fechado e
evitar ao máximo o trabalho braçal. Há aqueles que preferem por a mão na
massa literalmente. Afinal, não esperasse que para ter um aquário o
aquarista também precise tornar-se um pedreiro. Mas, a maioria ainda prefere
comprar os produtos prontos. Afinal, não esperasse que para ter um aquário o
aquarista também precise tornar-se um pedreiro, marceneiro, encanador,
químico, físico, biólogo e muitas outras atividades úteis ao aquarismo.
Sonhasse o dia em que veremos RVA sendo vendidas em lojas de aquário.
Certamente as lojas de ponta já estão investigando este produto em potencial.
Uma atitude de bom senso de nós aquaristas seria pedir por RVAs no balcão
das lojas, mesmo que este não esteja interessado na compra, apenas para
mostrar-se interessado no produto, para que o lojista também sinta-se
interessado em vendê-lo.
Há diversos tipos de RVA, vamos ver algumas das alternativas mais usadas.
Rochas Vivas Artificiais por Franklin Samir(franklin@portaljava.com).
Escrito usando OpenOffice.org - Software Livre
O Substrato:
(Aragonita, Calcita, Silica(areia de praia), Halimeda e Farelo de conchas)
Está na moda usar substrato 000, também
conhecido como Sugar Size(tamanho de
açúcar), no fundo dos aquários. Os mais
comuns são Aragonita e Calcita. Mas esta não
são os melhores substratos para fazer RVA.
Areias finas como a Aragonita SS produzem
RVAs mais lisas e menos porosas, o que não
desejável. Mesmo assim são bastante usadas
devido a proibição da coleta de Halimeda.
A foto ao lado mostra uma RV feita com
Aragonita SS e cimento comum.
Areia de Silica, a areia de praia, é a mais abundante e também mais
barata, já que é de graça. Ele não é tão fácil de conseguir, a menos que você
more próximo à praia. Há discussões intermináveis na web sobre a areia de
Silica liberar Silicato na água. Mas até hoje Isto nunca foi provado. Este
substrato torna-se uma opção pouco atrativa porque não tem capacidade de
tomponamento.
Halimeda é uma ótima opção, exceto
por seu custo elevado e por ter tido
sua coleta proibida. Sua estrutura
física composta por grãos maiores e
curvados mantém espaços vazios
entre os grãos e o cimento, o que
torna a RVA mais porosa e mais leve.
Também dá um aspecto mais natural
à textura da Rocha. Se você possuir
pouca Halimeda, use um outro
material para fazer o cimento e
aplique apenas a camada externa de
Halimeda.
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Farelo de conchas é o substrato mais fácil de conseguir e também é uma
opção bastante econômica. Pode ser encontrado em qualquer agropecuária,
pois é usada como complemento alimentar para aves de postura. O kilo custa
entre R$0,50 e R$1,00. Conchas deixaram de ser usadas como substrato de
fundo porque liberam muito fosfato na água. Entretanto isto não ocorre
quando usado para confeccionar cimento, pois a maior parte das conchas
nunca entrará em contato com a água. Na prática este material é arriscado.
Pelo menos até o momento em que este artigo estava sendo escrito, não
haviam RVAs feitas deste material há tempo suficiente para a obtenção de
resultados seguros. Este são dados fornecidos pelo autor americano Tom
Miller no artigo The Complete Cookbook for Making Live Rock from Cement
and Other Types of Rock
(http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Hangar/6279/RaiseCementRock.ht
ml).
O Cimento
Na web encontram-se várias receitas de RVA que indicam o cimento
branco como única alternativa. Pouco lê-se sobre cimento comum. Isto ocorre,
muito provavelmente, pelo simples fato de a cor cinza não ser adequada para
um aquário. Na realidade o cimento branco é mais arriscado, mais caro e
rende menos que o cimento comum. É arriscado porque a maioria dos
fabricantes adiciona anti-mofo ao cimento como forma de impedir que este
mude de cor quando usado em ambientes úmidos. Existem poucas marcas que
não apresentam o aviso “Contém anti-mofo” e mesmo assim estas marcas são
duvidosas, pois este é um produto re-embalado em fabriquetas de fundo de
quintal. Raras são as embalagens que sequer apresentam a composição do
cimento branco.
Ao final do processo de confecção da RVA, 95% de sua superfície ficará
da cor do substrato utilizado e em poucos meses coberta por algas calcárias e
corais. Portanto a cor do cimento pouco importa. Assim o cimento Portland
comum torna-se uma opção confiável e barata. A figura 01 mostra a coloração
predominantemente branca na RVA feita com Cimento comum e Aragonita SS.
A figura 01 mostra claramente a cor branca predominante em uma RVA feita
com cimento cinza e Aragonita SS.
Mistura do cimento
O processo de mistura do cimento é simples, consiste basicamente em
misturar 3 ou 4 porções de areia com 1 porção de cimento e adicionar água
aos poucos. A mistura deve ficar consistente. Muita água pode estragar a
mistura.
Na web fala-se em usar 3 partes de água. Na verdade não há uma
medida de água exata, a quantidade de água varia de acordo com o cimento e
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substrato utilizados. A melhor medida é a experimentação. Halimeda
umidecida, por exemplo, não precisa de adição de água. A água depositada
dentro dela é o suficiente.
Sendo assim, a melhor maneira de adicionar água ao cimento é aos
poucos e somente quando a mistura ficar muito difícil de mexer.
Porosidade da Rocha
As Rochas Naturais são úteis para nossos aquários devido sua grande
capacidade de abrigar bactérias benéficas para a filtragem do aquário. Isto se
deve a grande porosidade deste tipo de Rochas. Quando mais porosa é a
Rocha, maior é sua área superficial, portanto também é maior o número de
bactérias que ela é capaz de abrigar.
Tornar a Rocha Artificial tão porosa quanto a natural é a parte mais
difícil no processo de construção das RVAs. Há as mais variadas técnicas para
tornar o cimento poroso, alguns até engraçados como adicionar um pastilha
efervescente ou macarrão. Veremos alguns a seguir:
Macarrão:
Não testado mas, artigos na internet falam sobre a ineficiência
desta técnica.
Pastilha efervescente:
Não testado mas, artigos na internet falam sobre a ineficiência
desta técnica.
Furos:
Foi a técnica mais eficiente. Adicionando furos a RVA fica mais
leve e sua área superficial aumenta.
Fios de nylon:
Técnica útil para fazer rochas finas. O Nylon dá maior estrutura às
partes finas da rocha e a torna oca por dentro. Foi usado um fio de
nylon usado em varal de roupas. Ele foi desfiado e colocado no
meio do cimento. Após secar o cimento uma nova camada de
cimento é necessária para cobrir os fios que ficaram para fora.
Injeção de Ar:
Um compressor de ar foi usado na tentativa de formar micro vasos
dentro do cimento. Nenhuma diferença significativa foi detectada.
A cama de areia
São as caixas onde você vai dar forma as Rochas. Encha uma caixa com
o areia que você escolheu de forma que todo o fundo da caixa e parte das
laterais fiquem cobertos. A areia deve estar úmida para que não absorva
rapidamente a água do cimento e também não pode estar muito molhada para
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não amolecer a mistura que irá abrigar.
Lembre-se que o desenho que for feito na cama de areia será refletido ao
contrário na Rocha. Portanto um morro de areia na cama, irá formar uma
Rocha côncava.
Cura do cimento
Chama-se de “Cura” o período em que o cimento ainda está reagindo
para que fique rígido e forme o concreto. Enquanto o cimento está em
processo de “Cura” ele torna a água excessivamente alcalina com pH acima
de 10. Portanto é importante curar a RVA fora do aquário, em água doce, para
que o pH da RVA em cura não eleve o pH do aquário.
A “cura” é processo é demorado e também pode tornar-se trabalhoso.
Em obras de alvenaria o cimento “Cura” por completo em 24 horas. Mas, na
verdade este é o tempo que o cimento leva para formar concreto e poder ser
usado em obras. O período de cura total pode levar até 2 meses. A cura total
ocorre quando a reação química gerada pelo cimento pára totalmente de
reagir e conseqüentemente pare de elevar o pH.
Portanto é necessário muita paciência e é aqui onde a maioria dos
aquaristas param, pois nem todo mundo está disposto a esperar por 2 meses
para ver seu aquário montado.
A forma comum de curar as RVA é deixá-las de molho em água doce e
trocar a água sempre que ela atingir um pH acima de 10. Nos primeiros dias
esta freqüência é maior, algo como uma troca total da água a cada 2 dias.
Há meios de acelerar a cura da Rocha, alguns eficientes mas, a maioria
são mitos.
Aceleração da cura do cimento
Vinagre:
É uma solução ácida portanto tende a diminuir o pH da água alcalina
onde as RVAs estão sendo curadas. Isto dá a falsa impressão de que a cura
das RVAs terminou. Então o aquarista coloca as RVAs dentro do aquário, seu
aquário não sofre alterações de pH e este aquarista passa a dar depoimentos a
favor do uso do vinagre. Como a grande maioria dos aquaristas faz poucas
quantidades de RVAs de cada vez, o pH do aquário não seria afetado devido a
sua capacidade de tamponamento. Tanto faz se a RVA foi curada com Vinagre
ou não. Também há aqueles que não testam a água da cura sem vinagre, após
um período de cura com vinagre. E assim se formou o mito do Vinagre.
Este artigo tem como objetivo estimular mais adeptos de aquários
ecológicos, ou seja, com 100% de suas Rochas feitas artificialmente. Neste
caso o mito do Vinagre é derrubado, visto que com uma grande quantidade de
RVAs o tomponamento do aquário não seria capaz de deter o aumento do pH.
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Aeração:
Processo considerado até o momento como sendo o único
realmente eficiente mas. Infelizmente é pouco eficaz, pois diminui pouco
o perído de 2 meses.
Água corrente:
Enquanto este artigo está sendo escrito, há algumas RVAs sendo
curadas em água corrente de rio. Acredito que desta forma a cura seja
acelerada, devida a alta oxigenação da água e que a água nunca fica
saturada pelo cimento, portanto se mantém sempre com pH neutro.
Na próximo versão deste artigo serão adicionados os resultados
deste teste.
Custos estimados
Aragonita SS: Entre R$ 1,00 e R$5,00
Halimeda: Em média R$ 3,00
Calcita: Em média R$ 0,50
Cimento branco: Em média R$ 1,50
Cimento comum: Abaixo de R$ 1,00
Conclusões
Nem tudo são Rosas. A Rocha Viva Artificial não é barata se
contabilizarmos o tempo gasto com sua confecção; Faz bastante sujeira;
Demora bastante até poder ser usada.
Se você está buscando apenas um meio de economizar, pense bem
antes, pois no final o tempo investido pode aumentar demais o custo da
Rocha. Este foi o meu caso.
Ela não ficarão com a mesma porosidade das Rochas Naturais. Na
internet há diversos autores que dizem que sim, infelizmente não consegui
reproduzir tal porosidade.
A maioria dos artigos sobre o assunto disponíveis na internet é bastante
otimista quanto ao uso de RVAs. Eu atribuo isto ao entusiasmo de seus
autores. Eu mesmo fiquei muito entusiasmado no começo e um pouco
desestimulado no final.
Não considero uma boa opção fazer um aquário 100% com Rochas
Artificiais, até que se encontre uma forma de torná-las tão porosas quanto às
naturais.
Você pode dar formas magníficas a estas Rochas! Mas é difícil fazer
Rochas grandes (acima de 5kg).
Dê continuidade a este trabalho. Pesquise novas alternativas para que
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em um futuro próximos possamos encontrar RVAs sendo vendidas pelas lojas
do ramo.
Este artigo ainda é muito novo, portanto será revisado e complementado
com experiências de outros aquaristas.
As experiências obtidas neste artigo se limitam a artigos encontrados na
internet e cerca de 50 kg de Rochas feitas como experiência. Estas rochas
jamais foram testadas em um aquário. Portanto se fazem necessários testes
neste sentido.
Material necessário:
1. Algum tipo de substrato calcário como Aragonita, Halimeda, Calcita ou
conchas moídas.
2. Cimento branco sem anti-mofo ou cimento Portland comum.
3. Balde para misturar cimento.
4. Colher de pedreiro ou qualquer outra colher grande.
5. Recipiente grande o suficiente para abrigar a Rocha. Pode ser qualquer
caixa que retenha água. Deve ter o tamanho da maior Rocha que você
deseja construir.
6. Tanque com água com capacidade de manter todas as rochas.
7. Uma vasilha de medida.
Modo de preparo:
1. Umideça parte do substrato.
2. Crie a camada de areia. Forre com o substrato úmido o fundo e parte
das laterais do recipiente onde a Rocha será desenhada.
3. Desenha no substrato a forma que deve ficar na parte de baixo da
Rocha. Faça morros de areia de forma que a Rocha tenha cavernas,
enterre canos na areia para que o cimento envolva-os e forme furos na
Rocha. Use a criatividade.
4. Coloque 3 ou 4 partes de substrato úmido dentro do balde. Lembre-se
que quando mais areias e menos cimento, mais frágil ficará a Rocha.
5. Com a vasilha de medida com 1 parte de cimento.
6. Adicione parte do cimento ao substrato dentro do balde.
7.Misture.
8. Adicione água se necessário. Cuidado, muita água estraga a mistura.
9. Volte para o passo 6 até que todo o cimento tenha sido adicionado ao
balde de mistura.
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10.Continue misturando por cerca de 5 minutos até que fique uma
textura consistente e homogênea. Este passo merece atenção quando a
mistura for feita com cimento branco e pó calcário como Aragonita SS.
É mais demorado atingir uma mistura homogênea com estes dois
materiais, pois ambos tem a mesma cor. Mexa bastante neste caso.
11.Despeje o cimento na camada e dê a forma que você desejar.
12.Cuide para não deixar partes muito finas de cimento. Elas vão
quebrar. A espessura mínima ideal é algo em torno de 3cm;
13.Forre a parte do cimento que ficou para for da cama de areia com
substrato úmido. A sua rocha ficará com a cor deste substrato.
14.Se preferir bata de leve em cima do substrato para que ele se prenda
com mais força ao cimento. Conchas como as de turbo Snails e
esqueleto de corais também pode ser usados para dar textura à Rocha.
15.Espere cerca de 24hs ou um pouco mais para que o cimento esteja
seco e pronto para ser molhado.
16.Se preferir, emende uma rocha na outra com mais cimento.
17.Coloque as rochas em um recipiente com água doce e uma bomba de
ar.
18.Troque a água com freqüência. A cada 3 dais é o suficiente.
19.Espere cerca de 2 meses para que a Rocha esteja completamente
curada e possa ser colocada no aquário. Se preferir monitore o pH da
água para ter certeza de que a cura do cimento terminou.
Sumário
Rochas Vivas Artificias...................................................................................... 1
OSubstrato:
(Aragonita, Calcita, Silica(areia de praia), Halimeda e Farelo de conchas)...... 2
O Cimento.......................................................................................................... 3
Mistura do cimento............................................................................................ 4
Porosidade da Rocha......................................................................................... 4
A cama de areia................................................................................................. 5
Cura do cimento................................................................................................ 5
Aceleração da cura do cimento.......................................................................... 6
Custos estimados............................................................................................... 6
Conclusões......................................................................................................... 6
Material necessário:.......................................................................................... 7
Modo de preparo:.............................................................................................. 7
Rochas Vivas Artificiais por Franklin Samir(franklin@portaljava.com).
Escrito usando OpenOffice.org - Software Livre

Amigo, não sou perito em trabalhar com cimento para esses BG, mas já lhe digo que o ph fica muito alto.

Como solução para esse caso, poderá usar esse cimento e fazer uma camada protetora com silicone incolor ou preto, fica a seu critério.

Abç.